6.5.07

Insanidade no arquipélago

Desde 1984 que Alberto João Jardim diz ser esta "a última vez". Três décadas de governação, de inaugurações, de fundos comunitários, de despesismo, de "obra feita", sem que ninguém tivésse a coragem de pôr um travão. Sócrates disse "basta", Jardim antecipou-se , vitimizou-se e submete-se ao escrutínio do povo madeirense.Apesar de saber de antemão que estas eleições são inconsequentes na relação financeira com Lisboa, Jardim aproveitou a ocasião para legitimar a sua contestação. Ganha as eleições, refaz orçamentos, reduz gastos na função pública, ganha mais dois anos, para preparar, finalmente, a sua sucessão, atirando as próximas legislativas para 2011. Do outro lado, Jardim terá um PS liderado por Jacinto Serrão, que obteve nas últimas eleições um bom resultado. O candidato socialista disse então que o PS ganharia as eleições em 2008. Mas estamos em 2007 e Alberto João Jardim pode reforçar a margem de vitória.

A campanha madeirense ficou marcada, (como se esperava) por variadíssimos episódios caricatos. Tiros de caçadeira, cartazes com poses absolutistas, inaugurações em contra-relógio com comícios de valores astronómicos, acidentes de trabalho (morte de dois operários na última semana), atentados à legalidade,queixas-crime,ofensas, insultos..deu para tudo. Factos a que o Presidente da República não atribui relevância e que remeteu as queixas do PS/M para a Comissão Nacional de Eleições «Todos sabemos que existem órgãos independentes a quem cabe acompanhar e fiscalizar os actos eleitorais», afirmou Cavaco Silva aos jornalistas, no final de uma visita ao Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM), em Lisboa. Esperemos pelos resultados e respectivas declarações. O dinheiro esse acabou.

1 comment:

Xiquinho said...

É o Alberte Joã, gande amigue da Madêra. Camarada Jardim..."tudo de bom"