3.3.07

Viver a 27- Um Governo stand-by


Itália- Romano Prodi, demissionário durante dois dias, tenta reconduzir o seu Governo baseado num programa sucinto.
No país das crises frequentes e prolongadas, paradoxalmente, Prodi perante o cenário crítico, reuniu os partidos que compõem a coligação de esquerda e convenceu-os a aceitar a sua proposta, com base num programa reduzido a 12 pontos, terminando a crise que acabara de eclodir.
»Este Governo não será um "Prodi II", mas um "Prodi reconduzido"».
Prodi realizou o seu objectivo: ser o único a distribuir as pastas minesteriais, a contra-gosto de uma esquerda que aplaude, com receio do regresso de Berlusconi.
Ainda que tenha que passar pelo trauma da votação do senado, os seus 12 pontos "imprescindíveis", materializaram a reviravolta conservadora do centro-esquerda.Um programa que visa atacar as reformas e que não questiona assuntos sociais controversos(merece os aplausos do Vaticano), como por exemplo, as uniões de facto.
As contradições da coligação que reuniu toda a esquerda italiana, estarão mais expostas e não se afigura fácil a sua cooperação com a execução do novo programa, nomeadamente, considerando os principais problemas que o Governo terá que enfrentar nos próximos meses,tais como: a reforma da segurança social; o financiamento da missão no Afeganistão; o traçado do TGV.
O argumento de Prodi porém, parece ter falado mais alto: "É preciso não dar o poder de bandeja a Berlusconi".

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